O sacrario

Quando pensamos no que se foi, fatos estranhos sobrevêm

A realidade flutua e por instantes tange a fantasia

Num oceano de indivíduos com hábitos imersos no engodo

O mundo e tudo mais onde habitam sobrevive por pura heresia

Em busca de uma realidade diluída num mundo de sonhos

Apontam horizontes onde os anseios se sobrepõe a razão

Feito elétrons rodando em orbitas cada vez mais distantes

Tornam-se frios, sem proposito martirizando a própria sofreguidão

Não lhes basta perder a alma

A fuga da realidade é o engodo do poder

Aquele que os ouve e crê em suas historias

Verdadeiramente perdeu conteúdo e vive por viver

Seres solitários vivendo seus dias com medo de perder

Sem nunca ter ganho, jamais ousaram ariscar

Preferem viver num albergue de ilusões perdidas onde

O nada e a coisa alguma são o prato diário em seu caminhar

Que gente é essa que na cancha da ternura, submerge unicamente a interesses?

Que realidade é essa onde continuamente iludem seus pares?

Como é possível viver de mascaras sem esboçar um mínimo de conteúdo

Onde as aparências valem bem mais que a assertividade

O tempo um dia cobra

As estações se sucedem e assim a vida vai

“Diga-me com quem andas que eu te direi quem és”

O sacrário dos mortos vivos está aberto e continuamente emite seus sinais.

Manoel Claudio Vieira – 30/05/2014 – 02:22h

Manoel
Enviado por Manoel em 30/05/2024
Código do texto: T8074547
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.