O sacrario
Quando pensamos no que se foi, fatos estranhos sobrevêm
A realidade flutua e por instantes tange a fantasia
Num oceano de indivíduos com hábitos imersos no engodo
O mundo e tudo mais onde habitam sobrevive por pura heresia
Em busca de uma realidade diluída num mundo de sonhos
Apontam horizontes onde os anseios se sobrepõe a razão
Feito elétrons rodando em orbitas cada vez mais distantes
Tornam-se frios, sem proposito martirizando a própria sofreguidão
Não lhes basta perder a alma
A fuga da realidade é o engodo do poder
Aquele que os ouve e crê em suas historias
Verdadeiramente perdeu conteúdo e vive por viver
Seres solitários vivendo seus dias com medo de perder
Sem nunca ter ganho, jamais ousaram ariscar
Preferem viver num albergue de ilusões perdidas onde
O nada e a coisa alguma são o prato diário em seu caminhar
Que gente é essa que na cancha da ternura, submerge unicamente a interesses?
Que realidade é essa onde continuamente iludem seus pares?
Como é possível viver de mascaras sem esboçar um mínimo de conteúdo
Onde as aparências valem bem mais que a assertividade
O tempo um dia cobra
As estações se sucedem e assim a vida vai
“Diga-me com quem andas que eu te direi quem és”
O sacrário dos mortos vivos está aberto e continuamente emite seus sinais.
Manoel Claudio Vieira – 30/05/2014 – 02:22h