Haveria...
Haveria silêncio no vasto castelo
Que compõe as imaginárias
Reconstruções da alma,
Aprisionadas por suas
Próprias convicções...
Sentiria o desejo de receber
Apelos de esmeradas gorjetas,
Tão repugnantes de mãos
Vazias...
Haveria a displicência que comove
E assola o rebanho iludido,
Reconstruído de intermináveis sonhos...
Por entre tais paredes erguidas
De um intocável manifesto do
Desconhecido, anseia o desejo
Do descanso mortuário da alma
Que se embebeda das migalhas
Expostas em seu eterno e fétido
Ossuário...
Haveria, sim, o começo desleixado
E impávido do grito mais sórdido
E recluso da pequena matriz,
Que aparentemente peleja nesta marcha
Fúnebre da vida...