ATÉ AOS 30
Uma última dança.
É o que te peço
Um dia sorrindo
Para seguir no fúnebre
Dia coberto de rosas cor de rósea
Meu peito chora
Infelizmente não sei se aproveitei os dias
Conforme os momentos mereciam
E se pulei a ponte da morte uma vez
Espero aos 30 pular novamente
Pois cada ente em casa merece
Não prantar nas minhas cinzas
Então, não se assuste com os corvos
Eles não chegam e nunca chegaram até mim
E por fim me proteger conseguem, pois
Debaixo do buraco que com afeto
Enchem de flores e terra
Ninguém mais me toca.
Se um dia, até os meus trinta
Os maltratei... desculpem a minha
Ingenuidade perante os sentimentos
Bons da nossa vida, da minha vida.