A fuga...
os limites onde estão?
os trens correm sem rumo...
a fuga da servidão...
onde estão os afogados...
desiludidos de amor...
o medo da perda..
transborda tristeza...
até quando?
fugiremos do inevitável...
a dor...
onde iremos quando...
perdemos...
por que as pessoas se machucam?
quando se amam...
a fuga de si mesmos...
queria dando acordar...
no amanhecer e gritar...
tão alto...
que quebrassem e despedaça-se...
multidões de corações desfacelados...
todo o mar da rebelião...
que luta tanto...
mas aprisiona-se com tantas grades...
sangrar de tanta fúria...
meu coração...
oprimidos tornam opressores...
num mundo o que reza é o fugaz....
não restam lembranças....
amarguras...
mas a certeza...
de uma vida...
talvez mais liberta...
onde possamos...
quem sabe?
amar e sermos amados...
sem medos e receios...
do futuro...
a fuga...