A vida é o tempo. O tempo é poesia. A poesia sou eu.
Escrever uma poesia é, antes de tudo, compreender a existência como devir e a realidade como impermanência. O tempo me convenceu que eu não existo como objeto dado, definido, robótico. A vida me ensinou que eu sou um ser em busca de algo. Em busca de que? Não tenho certeza se um dia encontrarei essa resposta. Por isso a poesia, que surge como farol que aponta caminhos, ensina a viver, estimula a acreditar. A poesia é a utopia que torna a vida real. A poesia são os meus sonhos e minhas esperanças. A poesia me ensina a buscar ser gente a cada dia e a cada dia ser gente diferente, buscar novas possibilidades. A poesia é o próprio tempo, que sendo dinâmico e mutável a cada instante, torna-me impermanente a cada passo, a cada palavra, a cada projeto. A vida é o tempo. O tempo é poesia. A poesia sou eu. E você? É esse chato que seguirá a vida que antes mesmo de nascermos definiram para nós ou se juntará a sã loucura dos poetas e se diluir em poesia? A água, o sangue e pulso que vibra em meu corpo é movimento poético de devir e impermanência. Seja poesia!