SILÊNCIO
Na voz do silêncio, entre murmúrios e segredos,
Chuva e sol dançam, no balé dos enigmas,
Lua e estrelas cintilam, em noites de devaneios.
No agora efêmero, onde sonhos se entrelaçam,
A poesia emerge, como bálsamo ao meu peito aflito,
Vida e morte dialogam, em um eterno abraço.
Nos dissabores da existência, na dança das sombras,
Nós dois nos encontramos, em um universo paralelo,
Onde a imperfeição se torna arte, e o querer, é uma jornada.
E assim, em silêncio, nos perdemos no tempo,
Onde somente o eco das palavras não ditas,
Pode revelar o sim ou o não, desvendando o mistério da vida.
Tião Neiva