NADA PODE MUDAR
Não consigo refrear o egoísmo
que por vezes me consome.
Alheio a tudo, não tenho consciência de mim,
porque meus ideais não condizem com a realidade.
O que não entendo, tem sido por mim abandonado,
sem envolvimento, sem que eu tivesse tentado.
O tempo, que agora escorre entre os dedos,
nunca importou-se com meus medos,
seguindo adiante, apesar do que fui.
Mas a vida que me cobra a presença,
nunca deixou de ser intensa
através de um amor que não diminui.
Contudo, entre tantos entendimentos,
sou eu sozinho e esses tantos lamentos
que a lugar nenhum irão chegar.
Se hoje, depois de tanto tempo,
eu pouco aprendi,
nada pode mudar...