Colapso
Tem dias que meus olhos clamam por um colírio
Que meu interior suplica por uma alegria passageira
Tudo é tão rápido, tudo é um ciclo
Então ás vezes me perco no momento
E esqueço do objetivo
Seria tão mais fácil viver iludido
Mas eu sempre enxergo o todo
Viver nunca foi tão complexo ultimamente
É difícil manter a postura o tempo inteiro
É impossível sonhar como antigamente
O hoje me bate forte mostrando um vazio descomunal
O passado é como uma brisa leve e gostosa que passa e não volta
O futuro é uma roleta da sorte
Sinto como se meus sentimentos fossem as cores saídas de caleidoscópio
Onde tudo se mistura e vira um preto fosco
Lá dentro a escuridão me abraça
Embora existam momentos que a luz volta refletida
Em um sorriso
Em um abraço
Em um pequeno agrado
Ás vezes numa aventura
Numa sensação
É sempre o coração...
O enigma de um sofrer calado
De um riso histérico
De um silêncio poético...
Essa é minha sina, variações de um mundo neurótico.