Duas estranhas
Há pouco tempo atrás os olhares se procuravam no ônibus aos fins de tarde
Olhares que sorriam timidamente
Junto ao peito que prontamente se punha acelerado
Hoje os olhares fogem
Buscam quaisquer outras direções
Desde que não se encontrem
Duas estranhas novamente
Como se esses mesmos olhares nunca tivessem se esbarrado
Como se nunca tivessem se atravessado.