Meu grito de liberdade

Vejo-a emergir de um túnel distante

O fio que a equilibra é oscilante

Meu pendor é desejar sua presença

Recebo-a como uma adorável oferenda

Libertação é coisa séria

A vida sem ela é esférica

Agonizar em algum solitário canto

Rodar e cair no mesmo ponto

Não precisa ser conquistada de cavalo alado

Nem com exército armado

Basta a dignidade

A força de vontade

Livre é aquele que coordena sua própria mente

Da voz do povo não é temente

E não precisa enveredar-se para uma unanimidade

Esconder-se de alguma realidade

O necessário é retirar a camuflagem

Seguir o percurso de sua improvisada viagem

Recusar-se a ser apenas mais um humano algarismo

Abandonar o comodismo

O meu grito pode não ser ouvido

Talvez ele tenha sido engolido

Mas o meu domínio é pungente

E a minha emancipação ardente!

Luana Zenaide
Enviado por Luana Zenaide em 24/03/2024
Código do texto: T8026735
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