Tempo sem escrever

O tempo, sorrateiro, me envolve;

Escrever com emoções, uma explosão;

Dói o afastamento, como uma colheita;

Da metamorfose do coração amado.

 

Comentários, pequenas alegrias;

Torturas em não retribuir, um dilema;

Sinto a doença com mais fervor;

O corpo, um termômetro de ansiedade.

 

A vida, sábia, abre novas portas;

Prega suas peças, risadas e lágrimas;

Abriga novas vertentes, como rios sinuosos;

Renova as mentes, como chuva após a seca.

 

O casco se desgasta, memórias gravadas;

Função mais lenta, mas ainda pulsante;

Viver em alta, mesmo quando o sol se põe;

Mente alerta, criando e se reinventando.