Diógenes - O Cínico
Na luz do sol, Diógenes vagueia
Na vastidão das ruas, sua morada
Em busca da verdade que clareia
Na simplicidade da vida aclamada
Lanterna em punho, olhar perscruta
Em meio às sombras, sua verdadeira riqueza
Percorre caminhos, na busca absoluta
Da essência pura, em toda sua firmeza
Desprende-se do luxo, da falsa glória
Embarca no mar das ideias sem amarras
Sua única riqueza é a sabedoria
Nas palavras simples, encontra suas garras
Cínico, sim, mas de um cinismo nobre
Que despe a alma das amarras sociais
Na busca incessante pelo que descobre
A liberdade nasceu de seus sinais
Como o cão que lambe os deuses e reis
Diógenes lambia as vaidades humanas
Em sua busca pela verdade, sem mais, sem eis
Encontrou a virtude nas coisas mais mundanas
Ó Diógenes, alma livre e destemida
Ensinas que a felicidade não se compra
Na simplicidade da vida conduzida
A verdadeira luz se mostra e não se esconde na sombra
Assim caminha o cínico luminoso
Entre risos e provocações, sua jornada
Em sua lanterna, o mundo precioso
Revela-se a verdade, em cada alvorada