Tentei dizer coisas boas
Já tentei amar os bons versos,
escrevendo-os no púlpito d'alma
elevada ao perfeito.
Mas não dá! Sou a antítese,
sou as coisas boas da existência
que o inferno costumaz corrompe.
A tragédia enamora-me
traindo a esperança do amor,
o coração é o órgão da angústia
do homem com a estrela.
Há somente o abandono celeste
injuriado pelas nuvens da morte.
Já tentei finalizar poemas com gracejos,
mas o mundo das lágrimas foi
peremptório. Deus disse: — Vai e sofra
como quem sofre por ser o meu amor.
A ordem do Pai, como servo
da misericórdia, compus versos por Ele.