XVIII
Eu sou o presente, eu sei existir
No antes, no durante
No momento que estar por vir
Eu sou a suave estação
Um castelo de perguntas no teu coração
Se assim tu olhar e ver
No dia que ressurge
Nascer das horas, estou aqui
No fio da saudade
Um fogo frio, eu vou partir
E na verdade que vem
Uma alegoria que resiste além
Do que eu posso tecer
Lanço-me no tempo, nos braços do futuro
Enquanto o passado
A procurar-me em outro rumo
Sentou-se sozinho no chão
Estendendo com esperança suas mãos
No vazio do seu prazer
No entanto
Eu sou o presente, o sonho do devir
No corpo da cidade, no fim da tarde e no sorrir
Como se fosse uma canção
Eu sou a palavra, o ritmo, a emoção
Se assim tu olhar e ver