ESCURIDÃO DO MEIO DIA
Imagens distorcidas daquilo que eu já conheço é fácil, extremamente fácil de identificar...
Procurar à noite, no clarão do dia, não faz tanta diferença... A não ser os tropeços, esses são farturas indesejáveis, pirraças do acaso.
O que seria da escuridão se não fosse a luz? Um abismo? Um caos, talvez.
Faria diferença a brancura do branco sem o brilho da estrela guia? A diferença está em poder enxergar, mesmo que com a alma, toda beleza do amanhecer...
Bom é poder ficar na expectativa de mais um dia cheio de tudo aquilo que foi cuidadosamente preparado por Deus... E saber que é amado por aquele que prepara todas essas coisas, sem sessar! Logo vem a lembra que você é também, parte daquilo que outrora, carinhosamente foi preparado...
Não demora... Logo vem as lembranças do colorido, daqueles amanheceres festivos animados pelos corais e/ou sinfonias dos passarinhos, cada um com seu instrumento afinadíssimo, com uma nota musical em particular, completando a harmonia daquela festa matinal.
Ainda vejo, na revoada, à sombra da amoreira, a imagem, do passaredo sem definir qual meu sabiá laranjeira... É como diz o dito popular: “a esperança é a última que morre.” O amanhã pertence aquele que, com uma dose inexplicável de amor fez o céu e a terra, e é perfeito...
A verdadeira felicidade está em saber que sou parte de tudo o que por Deus foi feito e isso eu enxergo até na escuridão