COLHEITA...
Pés plantados, descalços.
Cabeça erguida, nessa lida
colhida em asfaltos.
O espantalho faz cara de
cansaço... todo aço, todo
vivo.
Então eu sobrevivo nesse
lúdico de braços tão abertos.
Tão corretos, tão carentes.
Abraço o fruto bom, adocico
a minha boca.
E nessa louca colheita, corro
os meus sonhos de menina...
Toda sina, toda mansa.
E nessa manhã de promessa
tenho gosto de maçã.
E nesse pomar colorido,o que
era ruim se quebra...
A trança balança o vento,
o inesperado acorda o momento.
E o sol brinca como quem se esconde...
E o gosto perdura...
Uva, doçura, fruta- do- conde!
Lambo os meus dedos...
Os meus sonhos!
LuciAne 01/01/2008
07:15
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