Galhos de paixão
Minhas raízes
Minhas formas de viver
Minhas formas de morrer
Eis a questão qual deixarei crescer?
Raízes
Partes de mim que cultivei
Partes que com amor cuidei
Partes de mim que deixei morrer com o tempo.
De minhas raízes não derivam flores
Derivam galhos
Subindo por meu pescoço
Sucumbindo minha alma.
Quais sementes que plantei?
Olho para meu rosto e vejo apenas galhos secos
Vejo o deslumbre do que poderia ser
Do que eu poderia ter sido.
Através de minhas raízes
Vejo minha eu murchar em silêncio
A espera de um cuidado
A espera do amor
A espera por meu jardineiro.
Que não se importa em ver meus galhos secos
Pois segundo ele, vê rosas em meus olhos
Observa lavanda em meu toque
E sente girassóis por meu corpo
Ele não vê apenas o que todos vêem
Vê através de mim
Como um bom jardineiro admirando seu jardim.