Quero as vísceras da poesia...
Quero as vísceras da poesia
Quero-as no meu papel
Despejar nele o fel
Da amargura e da agonia.
E fazer do funesto, belo
Trazer luz à treva
Que dentro se encerra
E com a vida, elo.
Eu quero dançar
Na minha tempestade
E sem menor habilidade
Eu vou sapatear.
Porque não desejo
Viver na morte
Mas trazer a sorte
Da vida que almejo.