Quando as coisas acontecem....

minhas idéias sao coisas sem anexo,

meu espaço é a libertadade que me contempla,

meu complexo é minha poesia,

sem ritmo, sem alegoria, sem mitologia

sem graça, sem praça ou passaro,

a minha loucura é toda a razao do acaso,

e meu amor é o rancor de sua piedade, e minha dor,

é a ausensia de cor, nas coisas, na vidas dos homens,

preto e branco, e muitas vezes branco sem preto...

meus caminhos sao turvos, meus passos de corvos,

de olhares de abutres, esperando meu descaso, nessa vida,

meu passo em falso, meu erro, pra levar a minha alma vendida.

nao bebo essa agua, nao é doce nem salgada, é ardente,

é tudo quente, pra quem na passagem, é apenas gelo,

o que espera meu peito, nada alem de uma ilusao,

nada alem de um minuto de paixao,

correr pra longe dessa solidao, de palavras tristes,

de utopias...

longe desses deuses, longe dessas perfeiçoes,

pois eu sou um cara errado,

vivendo no mundo, dos outros, e nao me encaixo,

nesse ensaio de mentiras, entao sou torto, e regeitado,

sou louco esquisito, e mal falado, alem de feio e ordinario...

me pergunto o que faço na vila desses homens,

desses senhores...

sim eu me pergunto...

e a resposta eu nao acho, pois qui estou,

fazendo justo ao meu inverno imbernado, diante do lapis,

e das lembranças do espaço, que me espera la fora, e a dor

ea dor me consola, na sorte lançada agora, sobre as jalenas dessa poesia,

sobre a ilusao, do tempo que nao passa,

pra mim a solidao do anonimato, mas nao me mato,

algo haverá la fora que seja meu, nao deles, apenas meu,

nao um mamilo compartilhado nem uma promessa futura,

nem uma resposta nem uma pergunta,

apenas um motivo, e tudo que sei fará meu sentido,

entao descançarei, pois assim único mortal, me realizarei...

e diante de toda a perfeiçao humana direi:

' de que vale tanta força bruta, se calado o peito ainda resta cuca",

e todos irao rir.. porque ?

porque eles sempre riem... todos eles....