MEU MENINO LÁ NO FUNDO D'ALMA
A cada vez que venho e
escrevo, criando poemas,
eu aprendo algo mais
comigo mesmo. Algo que
está contido lá dentro
dos meus pensamentos.
Eu poderia dizer de
outro modo, algo que é
a minha própria alma
que se põe a cantar poemas.
Tento recuperar aquela
pureza da minha infância,
mas acho que jamais.
Então apelo para a recordação
que vem acompanhada
de meu pensamento.
E o meu pensamento me
diz: "Corra, que seu pai
lá vem com o cinto!"
Era um tempo bom, pois
me era permitido ser
aquilo que chamam de menino
sapeca. Um poema sobre
isto hoje, digo sinceramente,
é-me impossível. Apesar de
me lembrar dos fatos vivamente,
o meu pensamento envelheceu,
virá dia próximo que farei 70 anos.
E, é até bom que pense no
meu menino nesta idade. Meu
menino ao menos me deixa escrever.