Massa atômica.

Tudo é inexistente, o passado, o presente e o futuro, porque o tempo é inexistente.

Entretanto, sou o instante, sem passado e sem futuro.

O que é a realidade, a ficção da inexistência, apesar da existência, o que é existente mesmo, tão somente a ficção da imaginação da inexistência.

Motivo pelo qual sou o delírio desta perspectiva, tão distante da noção do que sou.

Um bicho colorido de sete cabeças, esforçando para o desenvolvimento da cognição.

Entretanto, sem saber que sou o meu habitat, o gemido da dor da separação.

A hermenêutica formatada da minha mente linguísitca, o meu limite, a minha razão substanciada no eskathós do meu tempo histórico.

A tristeza da história perdida na genealogia esquecida, foram tantos passos, da origem do primeiro átomo quântico, a última célula mitocondrial.

Portanto, sou um dos instantes da minha genética como fundamento do tempo histórico.

Continuadas replicações, do silêncio da alma, todas mistificações, mimetizações intermináveis.

Hoje resquícios de massa atômica, estou apenas esperando a superação das ilusões.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 17/12/2023
Reeditado em 17/12/2023
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