A Máquina do tempo
Eu gostaria
De uma máquina do tempo,
Fazer umas viagens,
Ir pra um futuro sem lamento,
Voltar num passado de nostalgia,
Voltar a sentir a velha e ingênua alegria.
Ah, como uma máquina do tempo
Me ajudaria.
Por enquanto,
Ela vive só no meu pensamento,
Viva no sentimento
Do encanto.
Como seria
Voltar uns anos atrás?
Será que eu seria capaz
De sobreviver?
Será que dinossauros eu poderia ver?
Ver algum artista,
Nobres, bobos, compositores,
Até um malabarista,
Ver quadros sendo pintados
No Renascimento,
Conhecer poetas
Antes de seu nascimento,
Criar uma sociedade de especialistas:
Poetas, músicos, artistas.
Ah, como eu queria
Uma máquina do tempo,
Porque o tempo vai,
Como o vento.
Tic tac,
Tic tac,
Bate, volta.
Sentimentos
São assim:
Tic tac,
O relógio
Corre contra mim.
Os anos passam,
Correndo,
A gente só vai vivendo.
Olha pro calendário,
Duas folhinhas.
Enquanto escrevo no diário,
Pensando mais uma vez:
Nesse ano, o que se fez?
Passou tão depressa
Ou eu que estava com muita pressa?
Ou será que não é o medo do futuro
Que nos deixa inseguros,
E não focamos no presente,
No nosso dia a dia,
Que eternizo na poesia?
O tal do cotidiano
Já imagina as metas pra cumprir
No próximo ano.
Quero viver o agora,
Sem preocupação,
Ou focar no lá fora,
Só no amor ou na paixão
Da juventude.