A orientar-ser
De onde vem o que busco?
Qual combustível alimenta meu fogo?
Será a emoção de uma nova empreitada
Será a entrepernas da mulher apaixonada?
Um dia, ouvindo os sussurros dos ventos,
Observei árvores a se comunicar
Elas diziam o quanto realizadas eram
Por seus frutos tantos animais a alimentar
E eu, no riacho sentado, tornava me perguntar
Onde está o que busco?
Qual combustível minha chama anseia a alimentar?
Outro dia, num sonho, lucidez eu tive.
Vi demônios em carruagem de fogo me perseguir
Anjos apareceram, uma guerra travaram
Eu me escondi, ainda não sei venci ou morri
O quente coração de minha amada me acalenta
Os desafios de novas empreitadas me sustentam
A guerra dos anjos e demônios me atenta
A busca do alimento dessa tal alma me orienta.