Egocêntrico
No espelho da vida, reflete-se meu eu,
Ego dança, soberbo, como um véu.
Cada passo, um eco do meu ser,
Em meu universo, só eu a entender.
Narciso em versos, em rimas se envolve,
A sinfonia do ego, que o mundo dissolve.
Sou protagonista, na trama da existência,
Cenário moldado pela minha presença.
Egosfera ampla, onde tudo orbita,
O mundo é meu palco, a vida é minha bitola.
Nas linhas do destino, sou o autor,
Escrevo meu nome com tinta de fervor.
O sol nasce em minha honra, é claro,
A lua dança, meu reflexo no escuro.
Ecos narcísicos, em cada palavra dita,
O universo se curva à minha escrita.
Mas na solidão do ego inflado,
A verdade se perde, o vazio é selado.
No teatro da vida, ego é ator principal,
Mas no silêncio, ouve-se o eco da mortal.
Entre versos de grandiosidade,
Persiste a busca por humildade.
Nessa prosa egocêntrica, a reflexão se entrelaça,
Pois no universo infinito, a humildade abraça.
Diego Schmidt concado