MORTES,

Já não me dói, tanto , a morte das pessoas !

Por sabê-la inevitável !

E, por isto, estas dores já estou entendendo!

O que me doia e me continua doendo,

É ver pessoas, desaparecendo,

Mesmo que continuem vivas.

Pessoas que morrem para o inesperado,

Se assegurando nas plataformas do estabelecido.

Quando a alegria da vida

é dar um salto para o desconhecido,

Para o inexplorado,

Para o inédito,

Para o universo infinito do vir a ser.

O que me doia e me continua doendo,

É ver pessoas desaparecendo,

Mesmo que continuem vivas.

Pessoas que perdem a capacidade de amar,

Unica forma de torna-las divinas e eternas.

Pessoas que não sorriem mais,

Pessoas tristes.

Pessoas feitas de pedra, inflexíveis.

Pessoas cujo tempo conjugado do verbo da vida,

É sempre passado, nunca presente

E muito menos futuro!

Pessoas definitivas.

Sem alternativas,

de retorno ou repintura.

Pessoas mortas em vida......

Estas pessoas são e continuarão sendo

objeto de minha dor

do meu sofrimento e da minha angustia...!!!

ERNER MACHADO
Enviado por ERNER MACHADO em 03/12/2023
Código do texto: T7946000
Classificação de conteúdo: seguro