FLORES INFECUNDAS
As vezes sinto o coração apertado,
Amarrado por grilhões
Como se fosse um condenado
Por suas exaltadas paixões.
Olho para todos os lados
E só vejo desesperança
Como se o futuro e o passado
Fosse história para criança
Vejo apenas árvores humanas
Abrindo flores infecundas
Que ao ser tocadas por almas ternas
Transformam-nas em almas imundas.
São todas flores malditas
Espalhando o pólen do niilismo
Esvaziando as almas perdidas
À beira de um abismo
Almas que mergulham no nada
A espera da hora da morte enfim
Como se esta fosse a única saída
Para suas vidas vazias e sem fim.