FLORES INFECUNDAS

As vezes sinto o coração apertado,

Amarrado por grilhões

Como se fosse um condenado

Por suas exaltadas paixões.

Olho para todos os lados

E só vejo desesperança

Como se o futuro e o passado

Fosse história para criança

Vejo apenas árvores humanas

Abrindo flores infecundas

Que ao ser tocadas por almas ternas

Transformam-nas em almas imundas.

São todas flores malditas

Espalhando o pólen do niilismo

Esvaziando as almas perdidas

À beira de um abismo

Almas que mergulham no nada

A espera da hora da morte enfim

Como se esta fosse a única saída

Para suas vidas vazias e sem fim.

Edmar Guedes Corrêa
Enviado por Edmar Guedes Corrêa em 27/12/2007
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