Perdida por silêncio
Na prisão do silêncio, onde a dor é suplício,
O eco do mar se torna um lamento sombrio,
A luz que nos envolve, em grades se desfaz,
E o coração se perde em um doloroso desvario.
Em cada palavra não dita, há um oceano de mágoa,
A renúncia aprisiona o amor, sem esperança,
Os sonhos se dissipam na névoa do abandono,
E a alma se consome na solidão e na bonança.
Oh, silêncio que sufoca as palavras não ditas,
Tuas correntes são forjadas em lágrimas perdidas,
Na renúncia, o coração chora em silenciosa prece,
E a esperança se desvanece em dolorosa premonição.
Mas mesmo na quietude, há força e resiliência,
No silêncio, o amor encontra sua própria eloquência,
E na renúncia, às vezes, floresce a aceitação,
Nesses momentos, encontramos a verdadeira redenção.
Diego Schmidt Concado