Efemeridade
Quando o amor é sem arrimo
e esse eixo se solta
- quer pelo tempo,
pelo vazio d'existir -
é finita a felicidade
(já sabida viajante)
vai e vem, em momentos
vedada por tormentos
perde o impulso pra voltar
Quando a vida não tem foco
ou a mente adoece
- quer de dor, ou covardia
em brigar co'a solidão -
é fugaz a verdade
d'estar poeta ou
ser constante, à sorte
uma entrega à própria morte
a nulidade de (se)amar.