Se fosse relatar desde o início
Aumentaria decerto o suplício
Então abro as mãos e meu rasgado verso espalho
Como miolos de pão no caminho,
frangalho...
E isto faço
Em passo de índia
Que corre desnuda,
Que corre muda...
E se ritorno
Trago no olho meu mundo,
Quiçá submundo...
Trago o olho vazado
Qu'é pra não recordar
Qu'é pra não transbordar...
Quereria uma nota aguda
Qu'espantasse este presságio
E depois um grave adágio
Ou um largo assassino
Qu'é pra entender
Que não há cimo
Só um fundo
Ond’escavo o que deito
Ond’escavo meu peito...
E nisto não me deleito...