Se fosse relatar desde o início

Aumentaria decerto o suplício

 

Então abro as mãos e meu rasgado verso espalho

Como miolos de pão no caminho, 

frangalho... 

 

E isto faço 

Em passo de índia

Que corre desnuda, 

Que corre muda... 

 

 

E se ritorno

Trago no olho meu mundo, 

Quiçá submundo...

 

Trago o olho  vazado

Qu'é pra não recordar

Qu'é pra não transbordar... 

 

 

Quereria uma nota aguda

Qu'espantasse este presságio

E depois um grave adágio

Ou um largo assassino

Qu'é pra entender

Que não há cimo

 

Só um fundo

Ond’escavo o que deito

Ond’escavo meu peito... 

 

 E nisto não me deleito... 

Adah
Enviado por Adah em 19/09/2023
Reeditado em 19/09/2023
Código do texto: T7889538
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