Eu sempre soube das coisas do mundo
Como adivinhasse o gosto de tudo
Virasse de ponta cabeça
Desse um salto
Um mergulho no fundo...
Eu sempre espiei dum canto
Como fosse onipresente
Como quem pressente
Eu sempre soube das coisas do mundo
Mas fiquei à parte
Como um visitante de Marte
Eu nunca soube das coisas de mim
Porque as perguntas nunca me fiz
Do concreto me desfiz
Porque suave bati à minha porta
Mas não me atendi...