Mais uma vez, tudo de novo
Mais uma vez, tudo de novo
O mesmo esboço dos diversos tons de cinza
Exposto nas mesas, nos balões
Nos convidados estáticos que observam a calamidade
Que vem lentamente sussurrando, um a um
O fim trágico dessa peça
E dos pobres coitados
Amaldiçoados em encená-la.
Uma tola sensação de reprise, repetição
Um golpe de olhar incapacitante
E vamos todos ao chão;
Pois assim é mais fácil a nossa volta à terra
O eterno descanso dos que não param
E que agora aprendem, forçados
O que se faz
Quando ninguém observa.
O silêncio que anuncia nossa despedida;
Um sofrimento que não vale o desprezo.
Lindos contos sobre reconciliação,
Extensos cantos sobre desespero.