Transcrição II
Nesse ano, me entendi tão frágil
Incapaz de sentir solitude, pois, embargado em solidão, me afoguei nos desejos de minha mente.
Sentindo cada raio de sol entre as frestas do coração
Uma dor incalculável, uma sede interminável, ignorando a efemeridade da vida
Partindo em qualquer partida
De estação em estação
Nos vagos vagões da negação.
Tentei ser eu, entender cada sentimento, mas por engano ou auto proteção, vesti aquilo que me coube, pois parecia mais dócil.
As facilidades e beijos tolos nos cercam até o risco da aurora
Contudo, o mundo sobrepõe as suas próprias falsidades.
As majestades já não se suportam
Encabulados correm os espantalhos entre as plantações
Enganados por um mágico que não veio
Oz se torna tão distante
A imaginação das esmeraldas
É mais vira-lata que o próprio boneco
Enganos nos cercam
E enraizam desejos
Mas nada que um furacão não resolva
O universo nos da um furacão para que também haja renovação.