Entre voar, mergulhar e ser, sou todas!

não sou convencional

nunca fui

nem nunca serei

sou essencialmente livre

e assim gosto de ser

gosto de folhas soltas no chão

de lua que se crava no céu às três da manhã

de fio de cabelo

que sai voando de São Paulo a Paris

Não quero o que é seu

não quero nada

porque nada posso ter

meu modelo é indefinido

sou moldada pelo vento

ou pela água

me jogo na terra quando em perigo

porque somente a mim recorro

Somente de mim dependo

Nada

Não quero ter nada

não preciso

porque sem nada ter

simplesmente

tudo possuo!