Pensamentos não-voláteis

No silêncio dos teus gritos mais profundos

Soltas um riso estrondoso em tua mente

Te fuzilou com os olhares, não sintas...

Pena, rancor, esperança...

Te guias ao passe-livre da artificial liberdade

Quem te criou, te cercou, te roubou a felicidade

Te entregou uma sórdida realidade, não sintas...

Amor, compaixão, lembranças...

Vives em um casulo, teme tudo ao redor

Será que a metamorfose será generosa?

Mas assim como espinhos em uma rosa...

Machucam se tocar, defendem o seu lar.

Quem te privou de viver foi você mesmo

Os outros apenas te convenceram

A cair no profundo desgosto que eles

Há tanto tempo já viviam.

“Me diga com quem andas, e eu te digo quem és”

Mas não ando com quem eu quero,

Talvez eu não seja quem eu quero ser,

Mas em alguma realidade, acho que sou eu mesmo.