Deito minh'alma em duro chão
Esculpo-me usando goiva e formão
Mudo meu parecer
Modifico meu viver
E não há como retroceder
Deformo-me com afinco
Mil farpas nas mãos finco
Encerro assim minhas transformações
Enterro lascas de antigas ações
Limo arestas de voz
Calo meu verso atroz
Depois de tudo não me (in) vejo
Depois de tudo
Gotejo...