Afoguei-me em mim
Afoguei-me em mim e foi incrível
Decidi por me banhar inteiramente do meu verdadeiro algoz
Este que vos fala que em tantos outros momentos calou, falhou; escolhi falar…talvez não a ti que nesse momento me lê através das minhas próprias palavras, mas a quem dele se banhou, encharcou-se; aos que se molharam e também aos que só contemplaram o reflexo desse a(mar) que me sou…
No fim, falo a tu em que alcanço aqui com essa vírgula de mim dada inteiramente e conscientemente a ti que me esbarro.
Sintetizo aqui parte do que me sou para que minimamente entendas o que de fato seus olhos podem comtemplar…mais longe do que um dia poderá enxergar, mas com a sincera certeza da veracidade dos fatos que me fazem vir a ser.
Há algo além aí, você que lê, vê? Você que vê, sente? É capaz de evitar, ou a naturalidade escorre sobre seus dedos antes que possa notar?
Algo me é, algo te sou! Verdes em mim o que escondes em ti, ou escondes de ti o que verdes em mim?
Lhe entrego hoje o mínimo, o simples e o necessário… o todo tu sentes que te é, mesmo não podendo toca-lo, tu sabes o que és.
Hoje através da minha centelha te alcanço, te laço e te lanço o que me sentes aqui, como chave pra que entregue também a mim o teu ponto, te surpreenda visto em mim teu caminhar, reconheça no caminho até cá o que descobriste vagando até me achar… hoje divida-se, parte te é, o resto te sou, te entrego o meu ponto para que através do teu nado, do teu esbarro ou do teu olhar, parte me devolva o que me é, parte te leve o que te for… aos que se molham, não marque teu caminho de volta para me encontrar, não estarei mais lá… aos que se banham não adiantará, tu já te sou e isso não vai mudar, Nem tente se lembrar onde fostes entrar; teu caminho é este mesmo buscando atravessar. Aos que contemplam o meu reflexo, não traga pouco para esse mar… espero de ti tudo, principalmente força, para aí dentro algo mudar.