Quem de nós
Quem de nós
Não perdeu-se
Na ânsia de achar-se
Num segundo breve
Que pareceu eterno
Diante das pálpebras trêmulas
Histéricas
Denunciantes do caos
Um caos interno
Advindo do extremo desejo
De ser conhecido de si mesmo
Quem de nós
Não ousou viajar profundo
Onde nasce o pensamento
E ficou no escuro
Que num segundo
Pareceu ser todo tempo do mundo
E na jornada da busca
por trás das respostas
Multiplicaram-se as perguntas
E tornou-se complexo
Explicar o emaranhado minucioso
De teia que nos constrói
Que nos define ser.