Onda
Cintila em tons azulados esfumadas em branco
Numa cordilheira serrana altos sons parece um pranto
Momentânea em fração de segundos, salpica no ar
Assoma em beleza fulgurante que espuma o mar
Vem quebrar na praia trazendo atritos do universo da areia
Fragmentos de conchas exauridas do vai e vêm da maré cheia
Milhares de ciscos se ajuntam em aspersão em som sem igual
Eis a onda! envia seu som no caracol..
Eis onda ! Brilha ao Sol! Ao dispersar...
Estala forte no casco de um barco ao longe que a lona inflama
Arremete pro alto uma curva em túnel de vítreo em nada
Alegria do surfista faz atravessar essa onda de espuma
Correntes de águas que faz milhares de formas quebradas
Estala na praia alcança a criança que brinca com ela
Que cata a onda na conchinha ,quando não há água na tigela
Para construir seu castelo se sonhos; estilhaços de areia
Que a onda constrói... Quando se acha só, ela mesma Destrói!
Pedro Luiz Almeida