Se vá!

Me faltam as palavras

Ou me transbordam e embaralham?

Se confusa estou

Clareza não me define.

Quais os motivos de tal desatino ?

Se não tenho Desilusões próprias

Na ausência de infernos meus

Chegam as chamas alheias

Me queimam

E me desnorteiam.

Mas quem deixou me afetar assim?

Se o problema não parte de mim.

De que me vale a impressão do outro ?

Se no outro não habito em nada.

Nada vale teu desequilíbrio

Que em mim deixei habitar

Me abalar

Me camuflar

De nada me basta

Se quer

Falar.

O que dizer?

Se as palavras não veem

Ou veem todas tão juntas

Que não sei DESjuntar.

Quero te afastar

Mal alheio

Mas você insiste em voltar.

Eu silêncio você na mente

E você

Novamente

Insiste em se apresentar .

Com teu caos barulhento

Seu universo turbulento

Suas faltas a me abalar.

Me culpa de suas culpas

Me acusa de suas dores

Me aponta seus faltares.

E mesmo sabendo inocência portar...

Acabo pensando em como solucionar

Problema alheio

Que não me cabia nem pensar.

Me deixa quieta

No meu universo paralelo

Que querias eu

Com o teu

Não mais cruzar.

Se vá

Me deixe aqui ficar

Em silêncio

Ou em pensar

No quanto me blindar se faz urgente

Pra nunca mais me invadir universo externo

Que não me cabe conectar.

Tai Oliveira
Enviado por Tai Oliveira em 20/08/2023
Código do texto: T7865901
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