Se vá!
Me faltam as palavras
Ou me transbordam e embaralham?
Se confusa estou
Clareza não me define.
Quais os motivos de tal desatino ?
Se não tenho Desilusões próprias
Na ausência de infernos meus
Chegam as chamas alheias
Me queimam
E me desnorteiam.
Mas quem deixou me afetar assim?
Se o problema não parte de mim.
De que me vale a impressão do outro ?
Se no outro não habito em nada.
Nada vale teu desequilíbrio
Que em mim deixei habitar
Me abalar
Me camuflar
De nada me basta
Se quer
Falar.
O que dizer?
Se as palavras não veem
Ou veem todas tão juntas
Que não sei DESjuntar.
Quero te afastar
Mal alheio
Mas você insiste em voltar.
Eu silêncio você na mente
E você
Novamente
Insiste em se apresentar .
Com teu caos barulhento
Seu universo turbulento
Suas faltas a me abalar.
Me culpa de suas culpas
Me acusa de suas dores
Me aponta seus faltares.
E mesmo sabendo inocência portar...
Acabo pensando em como solucionar
Problema alheio
Que não me cabia nem pensar.
Me deixa quieta
No meu universo paralelo
Que querias eu
Com o teu
Não mais cruzar.
Se vá
Me deixe aqui ficar
Em silêncio
Ou em pensar
No quanto me blindar se faz urgente
Pra nunca mais me invadir universo externo
Que não me cabe conectar.