Agnose
Singela e bela é a ignorância do vaga-lume,
em meio à escuridão, ele liberta o seu lume,
que sobre o negrume, versa o seu curtume,
quão belo é o ser do vaga-lume...
Singela e bela é a ignorância do vaga-lume,
nas suas prosas exalam-se ótimos perfumes,
duma Clio, se faz nascer todos os costumes,
quão singelo é o ser do vaga-lume...
Singela e bela é a ignorância do vaga-lume,
e como dói a alma, estupidez que me pune,
essas ausências, essa agnose que nos une,
quão singelo é o ser do vaga-lume...
Singela e bela é a ignorância do vaga-lume,
desde a tenra idade, te faço esse queixume,
causa espécie, o cigarro, o lixo, teu chorume,
quão singelo o luzir, o dizer do vaga-lume...
Humberto de Campos
Escritor e Poeta
@humbertodecampos11