Prenúncio
Há um vão no caminho
Uma ruptura na estrada
Há uma nuvem escura no céu
Uma neblina que não me permite ver nada
Há um vazio no peito
Uma falta, uma falha
Há um grito de alerta
Mesmo silenciosa, na fala
Escuto no vento um assovio
Na gargalhada um estalo
Vejo as luzes que brilham
No escuro da alma.
Eu sinto o que não sinto
Então acho que não sinto mais nada
Eu desconverso, eu minto
Tenho medo de ser confrontada.
Não entendo mais o sentido
Não sei se algum dia houve
Para qual função existimos,
Além de servir aos senhores?