Paradoxo metalinguístico

Durante todos os dias

Luto para não me perder

Em meio a saudade do passado e o medo do futuro

Busco no presente permanecer

Embora seja difícil silenciar

Essa mania de conjugar

Verbos no pretérito perfeito.

E assim meus dias se sucedem

Observando cada segundo passar

Sem lugar para ir

Sem ombro para chorar

Esperando ansiosamente

O breu cair

E a madrugada chegar.

Entre metáforas e hipérboles

Minha alma se fragmenta

Brincando com versos livres

De um poema que alimenta

Meu coração cansado

Que tanto remói o passado

Mas que sonha com novos anseios e adventos

Poeta Exagerada
Enviado por Poeta Exagerada em 03/08/2023
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