SILÊNCIO

O 'Silêncio' tão perto se revela,

Enquanto as palavras se afastam, sem tela...

E o 'Desejo', perseverante, constante,

Em pensamentos que o tempo faz errante.

Compreendo!

O 'Silêncio' é resposta fria e cruel,

Trazida pelo vento, manhã tão fiel.

Nas noites cálidas, angustiante e fatal,

Ecoa em mim, como sombra abissal.

Compreendo!

Perturbador, como ondas que bradam,

Nas pedras pálidas, que em silêncio desabam...

Ouço-o nos pensamentos, sempre a ecoar,

Angústia infinita, que não quer calar.

Compreendo!

Sua existência, assim como a minha,

Não se mede, não se alinha.

Nas dores dos 'Desamores' vividos por nós,

As palavras se perdem, restamos a sós.

Só compreendo!

Uma vida presa, sem plenitude,

Por amarras diárias, sem latitude.

Pensamentos conturbados, a nos consumir,

No 'Meu' e no teu 'Ser', sempre a persistir.

Palavras 'Findas em si'...

O 'Silêncio'... é o que há aqui.

Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 02/08/2023
Reeditado em 02/09/2024
Código do texto: T7851686
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