Instantes

 


             Quando a alma cala, do amor, se aproxima, enquanto cada vez mais, ele, se distancia... tenho na memória, textos de lembranças, parte de uma história sem começo, meio e sem um fim, dessas, que só existiu na  imaginação. Ultrapassada adolescente sou, costume que talvez eu leve até o fim. Tenho diário sim, um dia vou querer recordar, certos detalhes de instantes de encantamento, instantes meus somente, mas fui feliz.

 

Às vezes releio alguns, o amor é o mesmo, ou mais intenso. O amor não precisa de elo, é o próprio. Sem corrente, ama-se somente, nas várias formas de amar. A gente ama os gestos, a fala, a timidez, o jeito de olhar, as palavras de força, a atenção, delicadeza, a gente ama a sinceridade, a transparência, enquanto aos poucos a admiração vai se transformando num sentimento que toma conta da alma; O amor, aí a gente só quer voar, mesmo que nossos voos sejam rasos, e nem consigamos nunca o alcançar. Sem aceitação, o amor se torna melancólica saudade, sim, dos sonhos que lhe causou mais vida, e lhe ajudaram atravessar os desenganos.

 

Os nossos braços se jogam para um abraço vazio, de olhos fechados, e conformados, o que nos reconforta é a poesia, essa, que faz a gente viajar pelos mesmos caminhos que o amor passou, e no desencontro, continuamos a busca...  em vão, amando, sem nada em troca esperar, restando só o amor, no coração, quando você abraça um sonho, e esse mesmo lhe faz bem, não pode dele se desvencilhar.

 

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Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 14/07/2023
Código do texto: T7836852
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