Blusa de lã
Apague o pensamento, apague a luz
Abra os olhos dos sonhos que seduz
Verso que vai sem medo de ser feliz
Diz que vida é assim mesmo, condiz
Altos e baixos, céu azul e tempestade
Raios e pássaros, que vigiam a cidade
Chuva que vai afogando a terra seca
Vai afofando mágoas enquanto deita
Sem rima, rumo, sem reta, nem prumo
Sem olhar que desperta, e o pesadelo
Pesa debaixo das cobertas, o exagero...
É gelo, esfria a pele, blusa de lã, novelo.