CIDADES DESERTAS
Não sei quanto tempo vou viver
longe do meu ser.
Até quantas horas vou aguentar?
A existência de um mundo onde vejo:
Meninos perdidos,
sonhos desperdiçados.
Dentro de mim,
habita um ser de justiça.
Ele quer sair...
Ir para as praças
E não ver tanta sujeira,
tanta ingratidão
E o descaso com a vida.
O ser humano por si só
está se destruindo
Onde foi parar o respeito?
Onde foi parar a amizade sincera?
Quantos podemos chamar realmente de amigos?
Não sei.
Olho em volta
Vejo olhares distantes.
Somente vejo a frieza
Das cidades desertas.
Mas está cheia de evolução, desenvolvimento,
Tecnologia...
E a amizade onde foi parar?
Foi parar atrás de telas mudas
e distantes,
encontros somente facebook.
Se em minha vida tem um ou dois que possa chamar de amigo,
é muito pouco.
Estou ficando velha e cansada,
cansada de olhares mudos
e corações desertos.
E do silêncio na alma.
Que vejo em cidades povoadas em revolução.
E tecnologias de olhares calados...
TELMA SANCHEZ