Domingo de sol
As vezes bate uma lembrança cruel
Dessas dilacerantes
Que enegrece
O céu
Que até o céu da boca
Fica seco
Os olhos ficam desertos
Tudo fica distante
Você morre por um instante
Como se não fosse você
Mas só as vezes
Porque tem vez
Que o mundo é sem embriaguez
E a gente encontra tempo
Pra viver sem insensatez
As vezes lembro de você
Dizendo um oi passando
E me encantando
Sem nenhum porquê
Porque a vida fez sentido
Naquele teu vestido
De domingo de sol
E eu queria poder ter o poder
De eternizar o teu sorriso
No instante momentâneo
De um fechar de olhos