Frágil

Exposto do outro lado do rosto...

Um resto de lágrima, sal imposto

Pago com a saudade do desgosto

Insosso sonho sem gosto, aposto

E o jogo é perca de tempo, é vago

Desapego que apago, sol e o lago

Da bela cidade, e ouço clic, flagro

O dourado brilho, no pensar trago

Uma dose, uma taça, um copo cheio

Cristal em tantos formatos, ao meio

Quebrado, trincado, e então, receio

Que o medo é a fragilidade que leio...