É SEMPRE TEMPO DE VIVER
(à Poética, o amor de sempre)
Tu és uma coisa boa ao espírito.
Aquilo que faz bem ao corpo.
O que mexe e remexe.
À sensação de tua inutilidade,
segue-se o vazio
que preenche o imediato.
Algo como o dia
redescobrindo o sol da manhã,
espreguiçando
a própria preguiça
sob a mirada de todos.
A cara fica vermelhinha
de timidez.
Só o olhar brilha a novidade.
E viro navegante.
Sou todo o mundo recriado...
– Do livro BULA DE REMÉDIO. Porto Alegre: Caravela, 2011, p.15 .
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/782010