(...)
Não sei quanto tempo tenho
A manter sonhos, a inspirar
As flores e a olhar o céu.
Quantas desmedidas preces
Elevarei sobre as altas nuvens
Que nunca, nunca param e vão
Para o mesmo nenhum lugar.
Tudo aqui e alí é um vazio
Que não pode ter um fim,
Que é silêncio em mim
Num sempre desencontro.
Às vezes acho que tudo gira
Dentro de um infinito nada
Que nunca, nunca acaba.